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Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/123456789/429

Title: Angiospermas eocretáceas do membro crato (Formação Santana, Bacia do Araripe, Ne do Brasil): revisão taxonômica de Welwitschiophyllum Brasilliense Dilcher, Bernardes-de-Oliveira, Pons Et Lott 2005.
Authors: BIEMANN, Elaine Priscila Gomes Esteven
Keywords: Paleobotânica
Membro crato
Welwitschiaceae
Issue Date: 2012
Series/Report no.: 550 B587a
Abstract: A bacia do Araripe é constituída por quatro seqüências estratigráficas, históricas geneticamente distintas, limitadas por discordâncias. As quatro seqüências correspondem a quatro embaciamentos distintos, dos quais somente uma fração da cobertura original está preservada, não havendo porções marginais e depósitos definidos. Os eventos de sedimentação, erosão e deformação integram-se no contexto evolutivo do Fanerozóico nordestino. A sequência aptiano-albiana, constituída pelas formações Barbalha e Santana, compreende um ciclo transgressivo com ingressão marinha de curta duração, à qual se associa exuberante nível de concreções carbonáticas fossilíferas e extensas jazidas de gipsita. Na Formação Santana preservaram-se macrofósseis de gimnospermas e angiospermas, possibilitando estudos paleobotânicos. O aparecimento e a rápida diversificação das magnoliídeas, das eudicotiledôneas e das monocotiledôneas levaram o grupo de angiospermas a um predomínio crescente durante os últimos 90 Ma e atualmente apresentam distribuição mundial. As características adaptativas envolvidas com esse sucesso incluem: folhas lisas de tamanho reduzido, presença de células condutoras mais eficientes na forma de elementos de vaso para condução da água e sais minerais e de açúcares através do floema, endosperma triplóide (3n), óvulo revestido por dois tegumentos e semente resistente envolvida por um fruto que protege o embrião contra a dessecação. A tafoflora eocretácea presente no Membro Crato da Formação Santana apresenta espécimes preservados em calcários laminados, depositados em paleoambiente lacustre. Além da excelente preservação, documentos fitofossilíferos de enorme importância são encontrados no Membro Crato, devido à sua localização paleoequatorial árida sugestiva como área para a origem das angiospermas ou para sua primeira diversificação. Neste trabalho, quatro exemplares foliares identificados anteriormente por sua morfologia como Welwitschiophyllum brasiliense foram reanalisados através de cortes transversais de inclusões em resina e microscopia eletrônica de varredura (MEV) possibilitando, de formada inédita, a descrição anatômica destes espécimes- tipos e a. emenda de sua diagnose original. Sob estereomicroscopia, as secções permitiram a visualização de uma epiderme com estruturas estomáticas em cripta, fibras epidérmicas longitudinais, células sequenciais organizadas em coluna sugerindo a presença de um parênquima paliçádico ou de uma hipoderme aqüífera e cavidades deixadas por provável parênquima lacunoso e por fibra e feixes venosos localizados na região do mesófilo. Sob MEV, elementos de vaso ou traqueídes foram observados exibindo barras escalariformes da placa de perfuração. Algumas das feições observadas são de caráter adaptativo e estão ligadas a uma baixa disponibilidade de água, característica do paleoambiente e aproximam estes espécimes das famílias: Welwitschiaceae, Bromeliaceae e Agavaceae.. Esses dados são esperados, já que a Família Welwitschiaceae, pouco compreendida ainda quanto à sua origem e à relação com angiospermas, tem sido considerada filogeneticamente, mais próximas das Angiospermas do que das Gimnospermas, por muitos autores, sugerindo ou um ancestral comum ou coevolução entre estes grupos. Porém, estas análises anatômicas dos espécimes-tipos da espécie foliar, apesar de revelarem dados inéditos, não definem com segurança a Família a que pertencem, necessitando de outros métodos e espécimes melhor preservados para a determinação da posição taxonômica.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/429
???metadata.dc.type.dissertation???: Dissertação
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