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Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/123456789/792

Title: Morbidade referida e qualidade de vida de mulheres detentas do Recife-PE
Authors: FERREIRA, Márcia Cibele Andrade dos Santos
???metadata.dc.advisor???: FERNANDES, Rosa Áurea Quintella
Keywords: Saúde da Mulher
Prisões
Qualidade de Vida
Morbidade
Enfermagem
Issue Date: 2019
Series/Report no.: 610.73 F383m
Abstract: Introdução: A população carcerária enfrenta questões de saúde que estão diretamente ligadas ao contexto do próprio sistema prisional, que predispõe ao aumento de agravos à saúde e às taxas de morbimortalidade, o que pode influenciar a qualidade de vida dessas pessoas. Objetivos: Identificar o perfil social, hábitos de vida e morbidades referidas de mulheres detentas de uma penitenciária da cidade do Recife-PE; identificar a Qualidade de Vida dessas mulheres e associar as variáveis sociodemográficas e prisionais, hábitos de vida e morbidades referidas à Qualidade de Vida. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, correlacional, de campo, com abordagem quantitativa, realizada na Colônia Penal Feminina da cidade do Recife-PE. Participaram do estudo 287 detentas. A coleta dos dados ocorreu no período de 15 de outubro a 16 de novembro de 2018. Para a coleta dos dados foram utilizados dois instrumentos, o de caracterização e identificação das morbidades referidas e o WHOQOL-Bref, para mensurar a Qualidade de Vida. Na análise estatística foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, bem como o teste de correlação de Spearman. Para a análise da aderência das variáveis contínuas dependentes e independentes à curva de distribuição normal foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov. A verificação da normalidade dos dados foi realizada pelo teste Shapiro-Wilk e a igualdade de variâncias pelo teste F de Levene. A margem de erro foi de 5% e o nível de significância 0,05 (5,0%); o intervalo de confiança adotado foi de 95%. Resultados: O perfil sociodemográfico e prisional da amostra pode ser assim delineado: idade média de 31,9 anos (±10,28), a maioria (58,5%) parda por referência, solteira (69,0%), com Ensino Fundamental completo ou incompleto (66,2%), heterossexual (56,1%), mães (73,5%) e sem atividade remunerada no presídio (66,6%).. Renda abaixo de um salário mínimo (38,6%). Os dados prisionais indicam que 40% estão em cárcere entre um e seis anos, a maioria (59,9%) não é reincidente, recebe visita social (63,7%), mas não recebe visita íntima (86,4).Os hábitos de vida e saúde revelaram que 62,3% são tabagistas, 100% negaram consumir bebida alcoólica, 39,7% são usuárias de drogas, a mais mencionada foi a maconha (72,3%). A maioria não realiza atividade física (81,8%), não dorme bem (69,3%) não colheram exame Papanicolau (64,8%), daquelas com indicação de mamografia 15% realizaram. Quanto à saúde, a maioria (65,5%) avalia a saúde como regular ou péssima e 65,5% mencionam problema de saúde as morbidades mais referidas foram: dor musculoesquelética (52,9%), doenças respiratórias (25,4%), depressão (20,5%) e hipertensão (19,1%). A média da Qualidade de Vida Total foi de 46, os domínios com maiores médias foram o Físico (51,8%) e o Social (51,1%), e o menor foi o Ambiental (35%). Houve associação estatisticamente significativa entre o nível de escolaridade e o domínio Psicológico (p=0,011) e a atividade remunerada; no domínio Físico (p< 0,001) a pratica de atividade física associou-se à qualidade de vida nos domínios Físico (p=0,009), Ambiental (p=0,016) e na QVT (p=0,024). A qualidade do sono interferiu negativamente em todos os domínios do WHOQOL-Bref. Quando a avaliação da saúde foi ruim/péssima os escores de QV em todos os domínios e na QVT foram piores. Houve diferença estatisticamente significativa em todos eles, Físico (p<0,001), Psicológico (<0,001), Social (p=0,007), Ambiental (p<0,001) e QVT (p<0,001). As mulheres que recebem visita social têm melhor QV houve diferença significativa no domínio Social (p=0,007). Conclusão: As médias de Qualidade de Vida, total e nos domínios, foram baixas. A situação de prisão, as limitações dela decorrentes, a avaliação negativa da saúde, alguns hábitos de saúde e as morbidades, associaram-se a menores escores de QV das detentas. Os resultados possibilitam aos gestores do sistema prisional, especificamente os femininos, a reflexão sobre a assistência à saúde dispensada a esta população e a oportunidade que o tempo de detenção representa para a implementação de ações de promoção e prevenção em saúde.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/792
???metadata.dc.type.dissertation???: Dissertação
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