DSpace About DSpace Software
 

TEDE  >
Teses e Dissertações >
Enfermagem: Coleção de Dissertações, Mestrado. >

Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/123456789/902

Title: Potencial anti-helmíntico de fármacos que atuam no sistema cardiovascular para o tratamento da Esquistossomose
Authors: BARROS, Raquel Porto
???metadata.dc.advisor???: MORAES, Josué de
Keywords: Antiparasitário
Anti-helmíntico
Schistosoma mansoni
Fármacos
Cardiovasculares
Issue Date: 2022
Series/Report no.: 610.73 B277p
Abstract: Introdução: As doenças causadas por helmintos afetam mais de um bilhão de pessoas no mundo, sobretudo nas camadas sociais mais desfavorecidas. Consideradas doenças negligenciadas, as opções terapêuticas são insuficientes cujo cenário é agravado pelo diminuto interesse da Indústria Farmacêutica e Estado. Nessa conjuntura, o reposicionamento de fármacos é uma importante estratégia na busca por novas terapias. Estudos recentes do nosso grupo mostraram ação antiparasitária de fármacos diuréticos em Schistosoma mansoni, um dos principais agentes etiológicos da esquistossomose. Os fármacos que atuam no sistema cardiovascular são amplamente usados na medicina, mas sua ação contra vermes que habitam os vasos sanguíneos ainda não foi bem explorada. Objetivo: Avaliar o potencial anti-helmíntico de fármacos que atuam no sistema cardiovascular, exceto diuréticos, para o tratamento da esquistossomose. Método: Inicialmente, verificou-se o efeito anti-helmíntico in vitro de 46 fármacos cardiovasculares em vermes adultos de Schistosoma mansoni. Posteriormente, os compostos ativos (<50 μM) foram testados in vivo em camundongos infectados com S. mansoni no estágio juvenil (infecção pré-patente) e adulto (infecção patente), com doses orais de 400 mg/kg, em dose única, ou 100 mg/kg diariamente, por cinco dias consecutivos. Praziquantel, o único fármaco disponível para o tratamento da esquistossomose, foi usado como controle positivo. Resultados: Após triagem fenotípica, verificou-se que amiodarona, telmisartana, propafenona, metildopa e doxazosina afetaram a viabilidade dos esquistossomos in vitro, com concentrações eficazes de 50% (EC50) e 90% (EC90), variando de 8 a 50 μM. Ademais, ensaios com microscopia eletrônica de varredura revelaram alterações morfológicas no tegumento dos vermes expostos aos fármacos. Posteriormente, o fármaco mais ativo in vitro (amiodarona) foi testado em animais infectados com S. mansoni. Conclusão: Comparado com praziquantel, amiodarona teve uma baixa eficácia na infecção patente, com a redução da carga de vermes e ovos variando de 10 a 30%. Não obstante, amiodarona causou uma redução significativa na carga de vermes e ovos na infecção pré-patente (60%), superando os achados com praziquantel (25%). Considerando que a análise translacional indica que o esquema terapêutico deste estudo em animais está em consonância com a posologia usada na prática clínica em humanos, os resultados desta pesquisa mostram o potencial da amiodarona para o tratamento da esquistossomose, sobretudo no período de infecção pré-patente.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/902
Appears in Collections:Enfermagem: Coleção de Dissertações, Mestrado.

Files in This Item:

File Description SizeFormat
RAQUEL PORTO BARROS.pdf5938KbAdobe PDFView/Open
Recommend this item

All items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved.

 

Valid XHTML 1.0! DSpace Software Copyright © 2002-2006 MIT and Hewlett-Packard - Feedback